Nefrostar • Postado em: 12/04/2023
Como se preparar para a primeira hemodiafiltração
Entenda quais os próximos passos que, caso confirmado o diagnóstico, você precisará seguir.
Você descobriu recentemente ou está com suspeita de alguma doença renal crônica (DRC)? Muitos pacientes sentem medo ou ficam confusos quando os exames começam a aparecer alterados ou há sintomas de que os rins não estão funcionando corretamente. Neste texto, você vai entender quais os próximos passos que, caso confirmado o diagnóstico, você precisará seguir.
Quem possui uma doença renal crônica precisa filtrar as impurezas do sangue de alguma forma, pois esta é uma das responsabilidades dos rins. Resíduos tóxicos, como uréia, creatinina e ácido úrico, podem causar problemas à saúde caso se acumulem na circulação. Além disso, os rins também são responsáveis pelo equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos.
As técnicas atuais que substituem estas duas funções dos rins são chamadas de terapias substitutivas. A hemodiafiltração (HDF) é uma delas, assim como a hemodiálise e a diálise peritoneal. Uma terceira função dos rins é a produção de hormônios, como a eritropoietina, que estimula a produção de hemácias, e a renina, que atua no controle da pressão arterial. Esta função, porém, não pode ser substituída pelas terapias, e sim a partir de medicamentos. Na Nefrostar, a medicação costuma ser administrada logo após as sessões de diálise.
Em comparação à hemodiálise convencional, a hemodiafiltração é a mais eficiente, pois é a que mais se assemelha à função natural dos rins. Este método de terapia substitutiva combina dois mecanismos de transporte de solutos: a difusão e a convecção, como forma de filtração e limpeza do sangue. Por isso, na HDF é possível remover substâncias de tamanho pequeno e médio, como toxinas urêmicas e inflamatórias.
Na HDF, é utilizado um filtro, chamado de dialisador, responsável por filtrar o sangue, de forma semelhante como funciona um filtro de água. O diferencial deste tratamento é que, no momento da retirada do sangue do corpo, o volume retirado é imediatamente substituído dentro do organismo por uma água ultrapura. Esta tecnologia possibilita que uma quantidade maior de sangue seja filtrada, ao mesmo tempo que o paciente sente menos sintomas adversos.
Como se preparar para a hemodiafiltração
Entre o momento da confirmação do diagnóstico e o início da hemodiafiltração, existe uma preparação necessária para um paciente renal crônico. Em alguns casos, é possível iniciar um tratamento conservador, quando não é feita a diálise inicialmente, porém já se iniciam os cuidados com dieta e hábitos. O mesmo não ocorre, porém, nos pacientes que chegam na clínica em estado agudo (em situação de emergência, por exemplo).
Essa preparação inclui um atendimento multidisciplinar, com consultas com nutricionista, psicólogo e nefrologista. Quem possui uma doença renal crônica, precisa adotar mudanças na dieta, que podem variar de acordo com cada caso. Porém, um objetivo comum é evitar o acúmulo de substâncias e líquidos no corpo entre uma diálise e outra. Por isso, a quantidade de fósforo, potássio e sal passa a ser restrita.
Além disso, é possível tratar casos de anemia e desnutrição, problemas frequentes em quem sofre de doenças renais. Para realizar a diálise, é necessário ter um acesso vascular, que pode ser feito por meio de uma fístula ou cateter.
Hemodiafiltração por cateter
O cateter é um tubo, colocado em uma veia no pescoço, tórax ou virilha. A partir dele, o sangue é retirado e enviado para a máquina de hemodiafiltração.
O procedimento de colocação é feito com anestesia local com ou sem sedação. Ele geralmente é uma opção temporária, para quem ainda não conseguiu ou não pode ter a fístula, mas ainda assim precisa de diálise.
Hemodiafiltração por fístula arterio-venosa
A fístula arterio-venosa é um acesso vascular definitivo feito para facilitar a hemodiafiltração. Trata-se de uma pequena cirurgia, na qual um cirurgião conecta uma artéria a uma veia, geralmente no braço. Ela pode ser feita tanto com material sintético quanto com as próprias veias do paciente. Com ela, é possível realizar a punção com agulha mais facilmente. É a partir da fístula que o fluxo de sangue vai para a máquina de diálise, retornando ao paciente após a filtragem.
Quais sintomas o paciente costuma sentir nas primeiras diálises?
Por se tratar de um processo novo, ao qual o corpo não está acostumado, é comum os pacientes sentirem alguns sintomas adversos nas primeiras semanas de hemodiafiltração. Além das questões psicológicas, como ansiedade, medo, entre outras preocupações, alguns sintomas percebidos nas primeiras sessões de diálise são:
- Queda na pressão arterial
- Náusea
- Câimbras
- Dores de cabeça
Porém, em comparação às outras terapias substitutivas, a HDF é a que menos causa essas sensações durante a diálise.
Muitos dos sintomas são causados devido à retirada de um grande volume de sangue do corpo, quando ele é enviado para a máquina de diálise. O organismo sente essa diferença. Na HDF, essa diferença é quase imperceptível, pois a água ultrapura preenche o volume anteriormente ocupado pelo sangue, enquanto ele está na máquina sendo filtrado.
Com o tempo, é comum o paciente e o próprio corpo se acostumarem à rotina de hemodiafiltração. Seguindo a dieta prescrita pelo nutricionista e as outras orientações do tratamento, o volume de líquidos produzidos entre as sessões de diálise tende a diminuir. Como consequência, os sintomas também diminuem.
Quanto tempo costuma demorar uma sessão de hemodiafiltração?
O tempo de cada diálise pode ser diferente dependendo das necessidades e preferências de cada paciente. A vantagem da hemodiafiltração, quando comparada às outras técnicas de terapia substitutiva, é que as sessões costumam ser mais curtas, podendo durar de 2h a 4h, feitas de três a seis vezes na semana. Porém, para pacientes que precisam de sessões mais longas, a Nefrostar oferece sessões noturnas de hemodiafiltração.
Na Nefrostar, os pacientes podem escolher junto com os médicos o melhor horário e frequência de realização da hemodiafiltração. Além disso, podem contar com nossa equipe de Personal Transfer, para facilitar o transporte da residência até a clínica. Outros serviços premium também fazem parte do atendimento multidisciplinar, buscando sempre proporcionar melhor qualidade de vida a quem trata uma doença renal crônica.