Hemodiálise afeta o coração? Entenda a relação

Nefrostar • Postado em: 15/11/2023

Hemodiálise afeta o coração? Entenda a relação

Saiba como a hemodiálise afeta o coração e qual a ligação entre problemas renais e alterações no sistema cardiovascular

Uma dúvida comum entre pacientes acerca do tratamento renal é se a hemodiálise afeta o coração. Os rins e o coração são órgãos vitais para nosso organismo e possuem funções que estão interligadas. Por isso, o mau funcionamento de um dos lados poderá acabar afetando o outro de alguma forma, então neste sentido, sim, hemodiálise afeta o coração

A hemodiálise é um tipo de terapia renal substitutiva que simula o trabalho desempenhado pelos rins, assim como outras modalidades terapêuticas. Entretanto, não é possível substituir um órgão saudável de maneira 100% eficiente.

Neste artigo você vai entender como funciona a relação entre rins e o sistema cardiovascular e conferir 4 perguntas e respostas sobre a hemodiálise.

  • Qual a relação entre o funcionamento dos rins e coração
  • 4 perguntas frequentes sobre hemodiálise
  • 1) Quais complicações cardíacas podem surgir em decorrência da hemodiálise?
  • 2) É possível prevenir essas complicações?
  • 3) Por que a hipertensão é um fator de risco para problemas renais?
  • 4) A hemodiálise é o único método de terapia renal?
  • Qual a relação entre o funcionamento dos rins e coração?

    Para entender se a hemodiálise afeta o coração, primeiro devemos ter conhecimento sobre o funcionamento dos rins e como eles se relacionam com a atividade cardíaca.

    Os dois órgãos são responsáveis por várias funções essenciais em nosso organismo, sendo algumas complementares. Os rins desempenham o papel de filtrar o sangue, retirando moléculas indesejadas, eliminando as toxinas através da urina e, também, controlando a pressão arterial.

    Do outro lado está o coração, que deve bombear o sangue e fazê-lo circular pelo corpo, inclusive pelos rins, que são órgãos muito vascularizados e precisam de um alto e constante fluxo sanguíneo.

    Dessa maneira, pacientes que desenvolvem algum problema renal possuem maior propensão a desenvolver distúrbios cardiovasculares. E o contrário também é verdade: indivíduos com insuficiência cardíaca são um grupo de risco para o desenvolvimento de doenças nos rins.

    Desta relação, podemos concluir algo muito importante: o monitoramento de saúde de pacientes com distúrbios renais e cardiovasculares precisa ser feito de forma constante e multidisciplinar.

    4 perguntas frequentes sobre hemodiálise

    A seguir você confere 4 dúvidas frequentes com relação ao processo de hemodiálise e o sistema cardiovascular.

    1) Quais complicações cardíacas podem surgir em decorrência da hemodiálise?

    Como vimos anteriormente, a hemodiálise é uma das modalidades das terapias renais substitutivas, que são capazes de simular atividade renal e são fundamentais para o controle da doença renal crônica (DRC) em seu estágio mais avançado.

    Contudo, nem todas as toxinas são eliminadas através da filtragem realizada na hemodiálise. Além disso, ela não é capaz de efetuar todas as atividades renais, como a sintetização de vitamina D.

    A deficiência de vitamina D é um dos exemplos daquilo que pode decorrer da insuficiência renal e acabar afetando o coração — além de prejudicar a absorção de cálcio, que pode levar à desmineralização óssea, risco de fraturas e osteoporose.

    O acúmulo de toxinas não eliminadas ao longo do tempo pode levar a inflamações, assim como o acúmulo de fósforo pode resultar na calcificação do sistema circulatório, aumentando o risco de infarto.

    2) É possível prevenir essas complicações?

    O cenário acima reflete uma questão essencial no tratamento do paciente com DRC: o acompanhamento nutricional, bem como o hormonal, precisa ser feito de maneira próxima.

    É possível, sim, conter as complicações derivadas da DRC por meio de um estilo de vida saudável. Isso inclui alguns hábitos a serem incorporados na rotina do paciente, como: redução no consumo de sódio, redução na ingestão de gorduras e açúcares, prática regular de atividades físicas e abstenção do consumo de bebidas alcoólicas e cigarro.

    3) Por que a hipertensão é um fator de risco para problemas renais?

    Assim como o coração e os rins possuem uma relação estreita, o mesmo ocorre quando falamos de distúrbios relacionados a esses órgãos.

    Dessa forma, quando existe o diagnóstico de hipertensão arterial ou doença renal crônica, é importante monitorar o outro problema.

    A DRC pode levar à hipertensão em função da retenção de sódio e líquidos, por exemplo. E, por outro lado, a hipertensão é um fator de risco para lesões renais porque torna os vasos sanguíneos mais enrijecidos, reduzindo a irrigação sanguínea e prejudicando o trabalho dos rins.

    4) A hemodiálise é o único método de terapia renal?

    Não! A hemodiálise é o método mais conhecido e, amplamente, o mais aplicado em pacientes renais no Brasil. Entretanto, existem outros.

    A diálise peritoneal (DP) é outro tipo de terapia renal substitutiva. Ela consiste na implantação de um pequeno cateter na região abdominal do paciente, por onde é introduzida a solução de diálise. A diálise peritoneal pode ser feita em casa, pelo próprio paciente ou por um familiar, desde que devidamente instruído e periodicamente acompanhado.

    Uma terceira modalidade de diálise mais recente e moderna é a hemodiafiltração(HDF). Semelhante ao processo da hemodiálise, a HDF também faz a filtragem do sangue em uma máquina, externamente ao corpo do paciente.

    Porém, além do método de difusão, a hemodiafiltração realiza também a convecção, que consiste na impulsão de um alto volume de solução de diálise que é capaz de eliminar moléculas maiores.

    Essa maior eficiência está associada a uma direta melhora no bem-estar e qualidade de vida do paciente, uma vez que o tratamento por HDF possui menos efeitos colaterais, como náusea e dor de cabeça, em comparação aos outros métodos.

    Além disso, estudos já apontam maior taxa de sobrevida para pacientes que fazem a HDF, o que na Nefrostar bate os 70%, e menores efeitos a longo prazo associados às doenças renais e à hemodiálise, como a desmineralização óssea e os próprios problemas cardiovasculares.

    A Nefrostar é uma rede de clínicas focada no tratamento de pacientes renais com o melhor atendimento do país. Da equipe médica até a infraestrutura, tudo por aqui é pensado para cuidar, atender e proporcionar conforto máximo aos pacientes e seus familiares.

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