Nefrostar • Postado em: 10/04/2023
O que são cuidados paliativos para quem tem doenças renais crônicas
Em todo o mundo, estima-se que 56,8 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos por ano.
O termo 'Cuidados Paliativos' por muito tempo foi usado de forma equivocada, como se fossem as medidas tomadas nos últimos momentos da vida, quando não há mais cura possível para a doença do paciente. Devido isso, muitos ainda temem quando escutam que precisam adotar cuidados paliativos no tratamento de doenças renais.
Porém, uma conversa com um médico nefrologista pode ajudar a tranquilizar esse paciente. Atualmente, os cuidados paliativos não são adotados apenas em casos graves ou terminais. Com a evolução dos estudos na área, os Cuidados Paliativos passaram a incluir medidas multidisciplinares que buscam melhorar a qualidade de vida e diminuir os sintomas de quem possui uma doença crônica, e também o sofrimento dos familiares.
Em todo o mundo, estima-se que 56,8 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos por ano. A maioria (67,1%) são adultos com mais de 50 anos, e 7% são crianças. Apesar disso, apenas 14% dos doentes são atendidos, segundo dados publicados no Atlas de Cuidados Paliativos de 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, mais de 48 milhões de pacientes estão desassistidos.
Na Nefrostar, pacientes com doença renal crônica podem contar com uma equipe multidisciplinar especializada em cuidados paliativos, além de serviços premium, como personal transfer até as unidades e spa.
O que são cuidados paliativos?
Cuidados paliativos consistem em uma 'abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida', segundo a OMS. Eles têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida e diminuir a dor e o sofrimento de pacientes com doenças terminais ou que tenham condições progressivas.
Antigamente, o termo era entendido como um acompanhamento adotado quando o paciente estava nos estágios finais da vida. Ainda hoje, muitos continuam pensando dessa forma. Porém, a definição atual da OMS afirma que os cuidados paliativos devem ser iniciados a partir do diagnóstico da doença, principalmente das crônicas, e vão muito além dos cuidados no fim da vida.
Com eles, o tratamento passa a incluir técnicas para diminuir os sintomas e o sofrimento dos pacientes e dos familiares. Ao contrário de outros tratamentos, os cuidados paliativos não tentam aumentar nem diminuir o tempo de vida de quem está doente, e sim tornar este período menos doloroso. Pensando nisso, os serviços incluídos variam dependendo da necessidade do paciente.
Acompanhamento psicológico, fisioterpeutico, nutricional e medidas para diminuição de dor e desconforto estão entre as medidas incluídas nos cuidados paliativos. Além disso, a participação do paciente durante o processo de tomada de decisão do tratamento também é uma das diferenças entre a abordagem paliativa e a convencional. Dessa forma, o médico não define o tratamento de forma isolada. O conforto e a vontade do paciente também são levados em consideração, podendo até mesmo envolver a interrupção de um tratamento devido aos efeitos adversos na qualidade de vida do doente. E isso se aplica a todas as áreas da medicina, não apenas à nefrologia.
A necessidade dos cuidados paliativos aumenta conforme o avanço da doença, podendo acompanhar os tratamentos curativos ou serem exclusivos no fim de vida. Eles se estendem também após a morte, por exemplo ao trabalharem o luto com a família.
'O cuidado paliativo não é só para aquele paciente que está morrendo, que não tem mais terapia curativa ou um tratamento específico. É elegível para o cuidado paliativo qualquer paciente com alguma doença crônica ameaçadora à vida. O objetivo é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente', explica a Dra. Erica Pires da Rocha (CRM 138090 / RQE 59459), nefrologista especialista em cuidados paliativos.
O que são cuidados paliativos em nefrologia?
Para quem possui doença renal crônica (DRC), os cuidados paliativos são indicados a todos, desde o início do tratamento, em menor ou maior grau. Segundo a Dra. Erica Pires da Rocha, a avaliação e a abordagem clínica, espiritual e social dos pacientes é um importante componente na qualidade do cuidado integral.
'Os pacientes com DRC, principalmente os que se encontram em estágios mais avançados, referem múltiplos sintomas físicos, que impactam negativamente na qualidade de vida. O cansaço, a dor, o prurido, a inapetência e distúrbios do sono são exemplos de sintomas comumente relatados. À medida que a doença progride, as metas são focadas na melhora da qualidade de vida do paciente e não apenas na sobrevida', explica a Dra. Erica.
Além disso, a especialista considera fundamental que as ações da medicina paliativa se iniciem no começo do tratamento e continuem ao longo da trajetória da doença renal.
'Quanto antes iniciarmos o seguimento com o paciente, podemos reduzir a carga de sofrimento ao enfrentar oa diagnóstico da doença renal crônica. Dados da literatura indicam que se a gente tiver um olhar diferenciado para ele, durante todo o tratamento, até mesmo antes de entrar na diálise, a gente consegue melhorar a vida desse doente e deixar o enfrentamento da doença menos difícil. Dados da literatura corroboram a informação de que quanto mais precoce é instituído o serviço de CP ao paciente , melhores são os resultados de QV, inclusive relacionados à maior sobrevida'.
As principais estratégias dos cuidados paliativos renais incluem:
- Manejo dos sintomas e da qualidade de vida, com avaliações regulares a partir de ferramentas validadas
- Avaliação prognóstica
- Comunicação, ou seja, conhecer os valores do paciente e praticar a comunicação centrada neles
- Tomar decisões de forma compartilhada
- Planejamento dos cuidados avançados
- Diálise centrada no paciente, com personalização do tratamento e promoção do mesmo com respeito, compaixão e baseando-se nos valores estabelecidos por ele
- Hemodiafiltração incremental
- Diálises Paliativa, para controle dos sintomas e melhora na qualidade de vida
- Descontinuação da diálise, quando necessário
- Cuidados do fim da vida
Os Cuidados Paliativos da Nefrostar
As clínicas da rede Nefrostar contam com uma equipe multidisciplinar para proporcionar um tratamento completo aos pacientes com doença renal crônica, inclusive com médicos nefrologistas pós-graduados em cuidados paliativos. Além disso, a equipe também inclui enfermeiros, profissionais de psicologia, fisioterapia, farmacêutica, nutrição e assistentes sociais.
Com unidades em São Paulo (SP), Barueri, Morumbi, Osasco, São José dos Campos e também em Minas Gerais, nas cidades de Belo Horizonte e Contagem (MG), as clínicas Nefrostar possuem serviços premium para uma experiência mais confortável.
As clínicas estão preparadas para prestar apoio psicológico aos pacientes renais e às famílias. Todas elas possuem um centro especializado em fisioterapia e spa, com terapias holísticas como reiki, acupuntura, ventosaterapia, além de termoterapiahidroterapia, podologia, massagens e ioga, grandes aliadas para o controle dos sintomas físicos e psíquicos.
Todas as medidas têm o objetivo de proporcionar mais conforto a quem está em tratamento para doenças renais, assim como nos cuidados paliativos.
'O paciente vai estar sempre no centro do cuidado, que é o que a Nefrostar faz no dia a dia', finaliza a Dra. Erica Pires da Rocha.