Nefrostar • Postado em: 06/04/2023
Páscoa: o que comer tendo doença renal crônica
Confira abaixo as principais recomendações do time de nutricionistas da Nefrostar para os pacientes de doença renal crônica.
A Páscoa é um momento de reunir a família e amigos, comer comidas deliciosas e aproveitar um dia de feriado. E isso não é diferente para os pacientes de doença renal crônica!
Embora muitas receitas tradicionais da Páscoa contenham uma quantidade maior de alimentos ricos em fósforo, potássio e sódio (sal), que em geral precisam ser ajustados na alimentação de pessoas com doença renal crônica, isso não significa que não possam desfrutar dessas delícias. Para isso, basta fazer algumas escolhas inteligentes, e tomar alguns cuidados!
Confira abaixo as principais recomendações do time de nutricionistas da Nefrostar para os pacientes de doença renal crônica.
Bacalhau ou peixe fresco?
Ambos são boas opções desde que sejam tomados alguns cuidados. O bacalhau, tradicionalmente consumido na sexta-feira santa, deve ser dessalgado preferencialmente com 2 dias de antecedência. Ele deve ser colocado de molho em água, a qual deve ser trocada a cada 6 horas. Para isso, mantenha-o na geladeira. Dessa forma, você pode aproveitar esse prato tão apetitoso,sem que ele aumente sua sede.
Os peixes frescos também são ótimas opções. Prepare-os com pouco sal e vários temperos. Aproveite para experimentar novas receitas com esse alimento.
Utilize temperos naturais
Para dar sabor aos alimentos preparados com pouco sal opte pelos temperos naturais, como: ervas frescas ou secas, alho, cebola, cebolinhas, salsinha, manjericão, louro, orégano, cominho, páprica, açafrão, etc.
Coma pequenas porções
Apesar do almoço e das refeições em família serem uma delícia, são os chocolates que ganham maior destaque na Páscoa. É muito difícil resistir aos ovos de chocolate ou aos bombons ou a tradicional Colomba Pascal!
Ao contrário do que muitos possam imaginar, as pessoas com doença renal crônica podem consumir chocolate e desfrutar do prazer desse alimento. Porém, o ideal é consumi-lo em pequenas quantidades, ao longo de vários dias.
Dessa forma, além de aproveitar o sabor delicioso por um tempo mais longo, também é possível evitar a interferência no tratamento.
Ainda assim, a nefrologista da Nefrostar, Dra. Nathally Baston (CRM 163.349 | RQE 76.355), adverte que alguns tipos de chocolates devem ser evitados.
Existe opção melhor de chocolate?
Todos os tipos de chocolate possuem fósforo e potássio. Se ingeridos em grande quantidade em pessoas com doença renal crônica, estes chocolates podem levar a um aumento nos níveis de fósforo e potássio do sangue. Isso ocorre principalmente em quem tem a função renal bastante reduzida ou aqueles que já estão em terapia dialítica.
Por isso, ao comer chocolates, é importante prestar atenção na composição dos mesmos. Chocolates com alto teor de cacau (50% ou mais), em comparação ao chocolate ao leite ou ao chocolate branco, são mais ricos em potássio e se equivalem em fósforo.
'Os pacientes não são todos iguais e que obviamente a avaliação tem que ser individualizada. Pacientes em diálise, por exemplo, podem necessitar de ajustes em alguns nutrientes. Já aqueles numa fase menos avançada da doença, com uma função renal mais preservada, a alimentação pode ser menos controlada', aconselha a Dra. Nathally Baston.
Seja com ou sem chocolate, bacalhau e colomba pascal, a regra de ouro é a moderação. Nesses momentos, quantidades moderadas dessas delícias não impactarão de forma significativa o tratamento da doença renal. Os únicos alimentos que não devem ser consumidos são a carambola e o biri-biri.
Por fim, lembre-se que a doença não tira folga no feriado. Por isso, retorne aos cuidados habituais após as festividades.
Caso precise de ajuda, conte com o time multidisciplinar da Nefrostar! Além de nutricionistas, médicos de diversas especialidades, psicólogos e fisioterapeutas, contamos com serviço premium, como terapias auxiliares, spa e personal transfer.