Saúde mental: o que fazer após descobrir uma doença renal crônica?

Nefrostar • Postado em: 13/02/2023

Saúde mental: o que fazer após descobrir uma doença renal crônica?

Apesar do comportamento de cada paciente variar, a reação ao descobrir a doença renal crônica, no geral, passa por cinco fases principais.

Descobri que estou com uma doença renal crônica, o que eu faço agora? Essa é a pergunta que muitos pacientes fazem após receberem o diagnóstico. Alguns pensam que a vida acabou e não conseguem nem ouvir a resposta dos médicos e enfermeiros quanto aos próximos passos. Outros, reagem com tristeza, raiva, entre outras emoções. É neste momento, antes mesmo de iniciar o tratamento da doença renal crônica, que se inicia o atendimento psicológico ao paciente e aos familiares dele na Nefrostar.

Neste artigo, você poderá entender alguns fatores que impactam a saúde mental dos pacientes de doença renal crônica e a importância do acompanhamento psicológico.

A fases emocionais após descobrir a DRC

Após a descoberta da doença renal crônica, é inevitável enfrentar diversas mudanças na rotina, dieta, carreira e planos para o futuro. A partir deste momento, será necessário estar em uma clínica de diálise, deixar de comer certos alimentos, regular a ingestão de líquidos e administrar sintomas adversos que podem aparecer com o tratamento. Além de acolher as emoções e enfatizar a importância do tratamento, o psicólogo está preparado também para auxiliar em áreas da vida desse paciente, como o ambiente de trabalho e familiar.

Apesar do comportamento de cada paciente variar, a reação ao descobrir a doença renal crônica, no geral, passa por cinco fases principais:

  • 1. Negação: quando o paciente se recusa a aceitar o diagnóstico e, como consequência, iniciar o tratamento;
  • 2. Raiva: quando ele sente revolta por ter que estar mudando a rotina, dieta e realizando a diálise, nos casos em que for necessário;
  • 3. Negociação: muitos tentam negociar com Deus, o futuro, ou até mesmo o próprio médico. As promessas geralmente envolvem ter uma vida mais saudável ou fazer o bem ao próximo, se conseguirem se curar.
  • 4. Depressão: ao perceberem que não há uma solução milagrosa, muitos sentem-se profundamente tristes, podendo até desenvolver transtornos psicológicos como depressão e ansiedade.
  • 5. Aceitação: o paciente aceita sua condição de renal crônico e está mais aberto para se cuidar e aceitar orientações da equipe.

A última fase, segundo a psicóloga Alessandra Noccioli, psicóloga da Nefrostar de Alphaville, é a mais importante. 'Quando eu deprimo, eu de fato entre em contato com o que está acontecendo comigo. Todo mundo acha que é uma fase ruim, mas quando você está bem amparado não é. Então eu me deprimi, entrei em contato com isso e finalmente eu vou aceitar essa condição', explica a psicóloga.

Esse sentimento pode persistir mesmo após o tratamento dialítico. Isso ocorre por uma série de fatores, mas também por algumas características específicas da doença crônica. Entre elas, o estresse da diálise, que pode ser reduzido significativamente ao optar pela técnica de Hemodiafiltração, que costuma ser mais rápido e ter níveis de cansaço pós-diálise menores que a hemodiálise convencional.

A depressão em quem têm doença renal crônica

Um estudo feito na Universidade Federal Fluminense, publicado em janeiro de 2022 na Research, Society and Development, concluiu que a ocorrência de depressão em pacientes de doenças renais em Terapia Renal Substitutiva pode variar de 37% a 100%. Além disso, entre 25% a 35% dos pacientes analisados apresentaram ansiedade. Apesar dos números altos, a grande maioria dos pacientes renais não recebe acompanhamento psicológico adequado.

Um dos fatores que explicam a falta de acesso a esse serviço é também o número insuficiente de clínicas de diálise no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, apenas 7% dos municípios brasileiros oferecem este tratamento. A falta de acompanhamento psicológico pode trazer diversas consequências ao paciente, sendo a mais comum a dificuldade em aderir ao tratamento e manter os cuidados com a saúde.

Na Nefrostar, o tratamento é completo e multidisciplinar, cuidando não apenas da causa da doença, mas também de todos os sintomas dela. A busca por uma qualidade de vida melhor passa também pelo acompanhamento psicológico, para a manutenção da saúde mental.

Sabemos que não está tudo bem

Apesar de o número de pessoas com doença renal crônica que não tem acesso a um tratamento psicológico ser alto, existem pacientes que, mesmo tendo acesso ao serviço, recusam-se a utilizá-lo. A saúde mental é negligenciada por uma série de motivos. Porém, ela também é capaz de impactar na saúde física destes pacientes.

'Ou tem insônia ou tem um hiper sono. Na psicologia, entendemos que quando você está dormindo, está negando o que está acontecendo. Muitos pacientes têm problemas de pressão alta ou pressão baixa, e o emocional afeta isso também. A gente sempre tem que estar conversando com ele, investigando se aquele sintoma é físico ou é mental. Porque as coisas estão interligadas, embora muitos não acreditem', explica a psicóloga Alessandra Noccioli.

Além dos sintomas físicos, situações específicas de quem sofre com doenças crônicas também podem afetar o emocional do paciente. Incertezas quanto ao futuro, medo de perder o emprego por conta do tratamento, dificuldade de propor atividades de lazer adaptadas ao tratamento, maior dependência de outros integrantes da família, são alguns dos exemplos de assuntos tratados nos momentos de terapia.

O atendimento psicológico ao paciente renal crônico

Muitas vezes, os pacientes que se recusam ao tratamento acabam demonstrando seus estados emocionais com comportamentos mais sutis. Por isso, toda equipe da Nefrostar está treinada para reconhecer os padrões de comportamento alarmantes, inclusive os integrantes da copa, motoristas e recepcionistas. Assim, eles comunicam os psicólogos responsáveis, para que preparem uma abordagem adaptada àquele paciente.

Na Nefrostar, os pacientes podem também solicitar o atendimento psicológico a qualquer hora, dentro da disponibilidade do profissional da unidade, mesmo em dias que não estão realizando a diálise. O psicólogo poderá também abordar o paciente na área ambulatorial ou durante a hemodiafiltração, iniciando o acompanhamento com autorização do mesmo.

Entre as vantagens do atendimento psicológico ao paciente renal crônico, podemos citar:

  • Maior facilidade para aderir ao tratamento da DRC.
  • Apresentam mais otimismo quanto ao futuro, a partir de uma mudança na visão sobre a doença, resinificando o momento em que estão passando.
  • Maior clareza sobre os próprios sentimentos, dores e causas do sofrimento.

Para saber mais sobre nossos serviços ou agendar uma visita em uma de nossas unidades, entre em contato com nossa equipe.

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Responsável Técnico de cada unidade:
Osasco: Dr. Daniel Monte Costa CRM/SP 153992 e Dra. Christiane Akemi Kojima CRM/SP 138090

Belo Horizonte: Dra. Patrícia da Cruz Queiroz CRM/RQE 31525

Alphaville: Dra. Christiane Akemi Kojima CRM 134804 / RQE 62472

São José dos Campos: Dra. Rejane Maria Spindola Furtado CRM/SP 83912 e Eduardo de Paiva Luciano CRM/SP 105783

Contagem: Dra. Mariana Guimarães Penido de Paula - Nefrologista Pediátrica CRM: 42406 RQE: 27590

Morumbi: Dr. Marcelo Aparecido Campos Orlandi CRM/SP 66820.



Brasilia: Dr.Jalisson Cirino Monteiro Guimaraes - Enfermeiro RT

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